quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
domingo, 17 de dezembro de 2006
Da necessidade de dizer qualquer coisa, não se sabe bem o quê.
Os japoneses têm um ditado antigo - "Han Tan Wa Shi" que significa qualquer coisa como: "Quando o sol se levanta lentamente à hora do tigre e o guerreiro samurai perscruta o horizonte com o seu olhar de lince em busca da flor do lótus que desponta, sabe bem que não vale a pena chorar sobre leite derramado".
Não, não têm.
Não, não têm.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
da finitude do tempo
O tempo é finito e quem disser o contrário está redondamente enganado. O dia tem 24 horas e não é por querermos muito que ele vai esticar. Nessas 24 horas é-nos pedido que arrumemos de uma forma coerente todas as pequenas coisas que constituem o nosso dia-a-dia. Fá-lo-emos de acordo com regras simples de prioridades, horários de ocorrência e necessidades básicas. Se me perguntarem, o que me custa mais é manter uma noção de prioridades que esteja suficientemente de acordo com a noção de prioridades das pessoas que me rodeiam.
Vou mas é trabalhar... malandro.
Vou mas é trabalhar... malandro.
sábado, 2 de dezembro de 2006
E a medalha de ouro vai para...
Ao cabo de algum tempo o corpo e a mente acalmam e tem início a fase menos dura do processo de habituação. Os locais que anteriormente assustavam deixam a pouco e pouco de o fazer e a tranquilidade instala-se. Os níveis de adrenalina matinal baixam para metade e as mãos tremem agora só do frio que o lento inverno traz.
(Gostava de perceber porque conservo os auscultadores pretos se não estou a ouvir música)
A maior dor que me podem dar é ter de escolher e quero deixar bem claro que no meu mundo ideal poder-se-ia ficar para sempre com tudo, independentemente das escolhas que se fizessem. No fundo, o meu mundo ideal não passaria de um conjunto de clichés idiotas que nos permitiriam ser felizes dentro de limites bem definidos, sem deixar espaço ao medo de tomar decisões. Poder-se-ia por exemplo decidir de um momento para o outro deixar o país sem perder o contacto com os amigos de longa data ou mesmo com os de curta data, sendo que no meu caso estes segundos são na grande maioria mais relevantes que os primeiros. Porque afirmo eu isto? Será que reconheço agora que vivi tempos de imaturidade em que vi, por ingenuidade e imaturidade, amizade onde não esta não existia? Faz como que lembrar a parábola do agricultor que à força de tanto desejar chuva, vê os campos inundados e a colheita destruída.
(Não sei se a parábola existe, mas se não existia... e já agora, mas quem é que quer saber de parábolas para alguma coisa?)
Retomando o fio condutor, acho que é justo dizer que começo a aperceber-me do valor da verdadeira amizade. Às vezes é preciso soltar as amarras e distanciarmo-nos para termos a noção clara da dimensão da teia que nos toca (não nos prende).
O passo que dou neste momento é encontrar uma metáfora mais favorável que não remeta para a prisão que apesar de eu afirmar que não existe, reside ainda na imagem que a teia evoca. Afinal de contas se pensarmos bem, a teia pode até não ser algo mau pois os filamentos que a constituem são flexíveis e podem-se estender por longas distâncias. Espero conseguir que as pessoas que deixo por aqui e por ali continuem, para onde quer que vão, unidas a mim por flexíveis filamentos de teias pois tenho a certeza que tudo o que seja demasiado rígido irá quebrar.
(Gostava de perceber porque conservo os auscultadores pretos se não estou a ouvir música)
A maior dor que me podem dar é ter de escolher e quero deixar bem claro que no meu mundo ideal poder-se-ia ficar para sempre com tudo, independentemente das escolhas que se fizessem. No fundo, o meu mundo ideal não passaria de um conjunto de clichés idiotas que nos permitiriam ser felizes dentro de limites bem definidos, sem deixar espaço ao medo de tomar decisões. Poder-se-ia por exemplo decidir de um momento para o outro deixar o país sem perder o contacto com os amigos de longa data ou mesmo com os de curta data, sendo que no meu caso estes segundos são na grande maioria mais relevantes que os primeiros. Porque afirmo eu isto? Será que reconheço agora que vivi tempos de imaturidade em que vi, por ingenuidade e imaturidade, amizade onde não esta não existia? Faz como que lembrar a parábola do agricultor que à força de tanto desejar chuva, vê os campos inundados e a colheita destruída.
(Não sei se a parábola existe, mas se não existia... e já agora, mas quem é que quer saber de parábolas para alguma coisa?)
Retomando o fio condutor, acho que é justo dizer que começo a aperceber-me do valor da verdadeira amizade. Às vezes é preciso soltar as amarras e distanciarmo-nos para termos a noção clara da dimensão da teia que nos toca (não nos prende).
O passo que dou neste momento é encontrar uma metáfora mais favorável que não remeta para a prisão que apesar de eu afirmar que não existe, reside ainda na imagem que a teia evoca. Afinal de contas se pensarmos bem, a teia pode até não ser algo mau pois os filamentos que a constituem são flexíveis e podem-se estender por longas distâncias. Espero conseguir que as pessoas que deixo por aqui e por ali continuem, para onde quer que vão, unidas a mim por flexíveis filamentos de teias pois tenho a certeza que tudo o que seja demasiado rígido irá quebrar.
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